MAS, ESTÁ CARA A ÁGUA NOS RESTAURANTES, NÃO?

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MAS, ESTÁ CARA A ÁGUA NOS RESTAURANTES, NÃO?

Áudio: O EXECUTIVO


Eu conversava sobre como estão as pessoas e os países com a presidente de um banco, nesta sexta-feira, quando, em dado instante, comentamos o quanto está cara a água nos restaurantes.

De fato, se pegarmos o extremo, vemos uma água mineral sem ser de uma marca muito sofisticada a R$ 10,00 no restaurante e que custa R$ 1,75 no atacadista – nem vamos comparar com mais barata, do mesmo fabricante, que custa, R$ 0,99.

Tudo bem que você sempre pode pedir a água da casa, mas, esta é uma margem de contribuição digna dos mercados farmacêuticos, de luxo, ou de armas, para ficarmos somente naqueles que são lícitos.

Este fato a fez lembrar que, por vezes, tinha de chamar seus executivos para discutir certos valores gastos em eventos com clientes e perguntar-lhes se gastariam esse mesmo valor se o dinheiro saísse de seus bolsos e não do banco.

Isso me fez pensar o quanto é importante sabermos o valor das coisas independentemente de nossos ganhos e das elevadas quantias com que trabalhamos. Pois, a tendência é perdermos as referências e acharmos que, já que podemos pagar, então não importa o preço.

Mas, isso é uma falácia.

NO BRASIL

Lembro de quando ingressei no departamento de vendas da Microtec Sistemas, antiga empresa de computadores, e estava eu em meio a uma negociação de R$ 1,5 milhão quando o presidente, e dono da empresa, Touma Makdassi Elias, entrou na sala.

Católico ortodoxo, muito sério e reservado, com seu sotaque sírio perguntou ao seu jeito se os computadores de um cliente estavam em ordem.

Disse ele:

– O cliente está funcionando?

Nunca esqueci dessa forma engraçada dele perguntar pois mostrava que ele sabia que os computadores eram usados para o faturamento e, portanto, o cliente estar funcionando significava que estava vendendo e que tudo estava bem.

Eu devia ter uns 25 anos e respondi aceleradamente e sem pensar:

– Sim, está. Mas, são apenas R$ 30.000,00 – querendo dizer que estava focado em algo muito maior para dar atenção a um problema daquele tamanho.

Ele fez um olhar de repreensão e com seriedade, abrindo os braços e falando pausadamente afirmou.

– Então, Silvio… R$ 30.000,00.

Ali estava um aprendizado relevante pois não importava se eu estava lidando com milhões, eu deveria saber que trinta mil reais é dinheiro, aliás, muito dinheiro para a maioria das pessoas.

ENCONTRE-SE NO CAOS

Em um momento que parece que os acontecimentos encaminham os países para o caos é importante para os executivos manterem a lucidez.

E ela começa com seu senso de realidade em ordem.

Saber o preço das coisas é um bom começo porque, no Brasil, por alguma razão, não são poucas as pessoas que acham chique pagar mais caro por elas.

É como se um jogador de pôquer, após perder todo seu dinheiro, quisesse mostrar a todos que é rico e pode pedir mais um cacife à vontade. Quando o objetivo do jogo é ganhar dinheiro e não o perder ou mostrar riqueza.

De fato, é um exercício de humildade, mas acima de tudo de manter o contato com a realidade.

Em geral, apesar de fazer as compras usando aplicativos, por vezes, prefiro ir ao supermercado para ver os preços e o quanto o aplicativo está me forçando a comprar produtos mais caros ou escondendo alternativas mais interessantes pela qualidade.

Aliás, nunca confie cegamente nos algoritmos que o conduzem em aplicativos, redes sociais e principalmente nos meios tradicionais de comunicação, como rádio e TV – verifique sempre que possível a realidade com seus próprios olhos.

OTIMISMO

Numa semana com eventos como a greve dos portuários nos Estados Unidos, a surpresa de clientes do Bank of America verem suas contas zeradas sem explicação e o conflito no Oriente Médio escalar perigosamente, é importante mais do que nunca sabermos para onde olhar e mantermos a calma e prudência na tomada de decisões.

Afinal, se realmente entrarmos em uma crise econômica, estará preparado aquele que tiver mais caixa – taí. mais um motivo para você economizar – e aproveitar as oportunidades que surgirem com calma, seriedade e profissionalismo; deixando as emoções de lado.

E nunca perder de vista que, no longo prazo, estaremos bem. Basta observar que, como contraponto às más notícias, vemos a BMW, a KitKat e a H&M investindo somas importantes no Brasil em instalações e fábricas – e essas empresas não o fazem lendo Valor Econômico – elas sabem de coisas que nós não sabemos.

Portanto, vamos ter atenção à realidade, sejamos econômicos, cautelosos e, por que não? Otimistas! Não por causa do momento atual, mas do que o futuro nos reserva se tivermos estofo para enfrentar as dificuldades que se avizinham.

Conte comigo para isso e vamos em frente!

(Mas, está cara a água nos restaurantes, não?)


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Silvio Celestino

Sócio-diretor da Alliance Coaching

Autor do livro: O LÍDER TRANSFORMADOR, como transformar pessoas em líderes

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